MACHADO DE ASSIS
 

 

Mestre impoluto! A tua sã literatura,

feita em linguagem delicada e de bom tom,

é tão boa e serena, agradável e pura

que faz lembrar da voz de um anjo o meigo som.

 

Vivem nos versos de “Falenas” a ternura

e a graça sem igual do que é fino e que é bom.

”Brás Cubas” nos recorda a luta intensa e dura

da Colônia, e demonstra o teu supremo dom.

 

Quando eu te leio tenho arroubos de nobreza:

sinto orgulho em falar a língua portuguesa

- o idioma sem igual de meus grandes avós.

 

O teu estilo sóbrio e a tua arte coreta

fazem-te do Brasil a pena predileta,

que assinala o apogeu das letras entre nós